“Eis que vos anuncio uma grande
alegria, hoje na cidade de Davi nasceu para vós o salvador que é Cristo o
Senhor.” Assim nos é dada à boa notícia do nascimento daquele que veio dissipar
as trevas, o ódio e todo o tipo de divisão que existe em nosso meio. Estamos
vivendo um tempo novo, somos convidados a contemplar no presépio o Deus feito
homem, aquele que assume nossa realidade para nos salvar, tudo isso porque
existe um Deus tão grande que nos ama. Mais especial ainda é viver este tempo
natalino dentre do Jubileu da Misericórdia, onde somos chamados a experimentar
e a viver a Misericórdia e o amor do Pai.
A celebração do Natal do Senhor é
um convite especial para contemplarmos profundamente o Amor e a Misericórdia de
um Deus que assume toda a condição humana, menos o pecado. Isto é espetacular,
que coisa esplendorosa, imaginemos quão grande não é este mistério, é Deus não
qualquer coisa, isso mesmo, é Ele próprio, tão grande e tão poderoso. O
mistério da encarnação, Deus se rebaixa e assume a pequenez de se tornar um
homem, homem como todos nós somos, se fez criança, como fomos um dia. Não há como
não enxergar o tamanho do amor que existe envolvido neste mistério.
A encarnação do Verbo, a Palavra
se faz carne e habita no meio de nós, assumindo nossa condição. Essa história não
para por ai, mas tem um propósito maior. Ao longo da história da salvação Deus enviou
profetas que convidaram o povo a voltar para Aquele que os criou, mas pela
limitação humano, a dificuldade foi grande. Assim sendo, Deus envia o seu único
Filho para assumir a forma humana, e ainda mais, como maior prova de amor,
aceita a morte na cruz, derrama o seu sangue precioso para nos salvar e nos
conceder aproximar novamente da graça de Deus.
Em meio a este mundo conturbado e
cheio de confusão, resplandece na noite santa do Natal a Luz, não qualquer luz,
mas sim a Luz verdadeira, que dissipa as trevas do pecado e da morte, do ódio e
da escravidão, para nos conceder a Vida. Com grande empenho somos convidados
pela a Igreja a viver com profundida tão grande mistério, com a alegria
duplicada por estarmos vivendo o Ano Santo da misericórdia. Cada cristão é chamado
a abrir as portas do coração e deixar que o Menino Deus faça do coração de cada
um a sua manjedoura. A misericórdia de Deus se irradia a todos, todos devemos experimentá-la
e transmiti-la aos outros irmãos. Por isso exige de nós uma mudança de vida,
para que assim, sejamos “Misericordiosos como o Pai”.
Wesley Pires dos Santos
