É muito triste
em nossos dias ver um sistema que reprime, maltrata e escraviza a nossa
sociedade. O deus que domina o nosso mundo é o “dinheiro”, este é colocado muitas vezes acima
da própria vida humana. O assunto mais
presente em nossos dias é se a economia está em alta ou em baixa. Ninguém mais
consegue viver sem o danado do dinheiro. Matam pra ter o dinheiro em mãos. O
dinheiro foi feito para nos ajudar e não para nos escravizar.
O
capitalismo, atual sistema econômico que domina o mundo é o que mais ajuda no
bolso dos poderosos e os satisfazem; e é
o que mais acaba com a vida de tantos inocentes todos os dias. A reportagem do
jornal O DIA do dia 3 de julho deste ano, nos mostra com clareza o número de
mortes em nosso país : “- A cada
dia, 154 pessoas morreram, em média, vítimas de homicídios no Brasil em 2012.
Foram 56.337, 7% a mais do que em 2011 e 13,4% que em 2002. Em uma década, o
número de mortos chega a 556 mil. O percentual supera os 11,1% do aumento da
população na década, de acordo com o Mapa da Violência 2014”.A maiorias
dessas pessoas são Jovens, pobres e negros.
A vida humana é
colocada em segundo plano para dar lugar ao dinheiro. Quantos de nossos jovens tem
suas vidas ceifadas, fazendo desmoronar todo um sonho construído e toda uma
luta por um futuro melhor. A maioria desses jovens é de onde? São das
periferias, vivem a margem da nossa sociedade e são escravizados por um sistema
opressor, que não pensa no ser humano.Está ai o resultado de uma sociedade
violenta, gerando assim presídios superlotados e uma maior discriminação.
O pior de tudo é que
não conseguimos sair desse sistema de morte e de opressão. Esse é o verdadeiro “capetalismo”,
que faz da vida de quem se deixa iludir por esse mundo, um emaranhado de
confusão e de escravização. Vejo tantos jovens que se deixam levar pelo mundo e
acabam caindo num caminho sem volta. É uma pena ver tantos jovens que se
entregam a prostituição e as drogas. Um levantamento feito pelos
jornalistas Kaio Diniz, Vinícius Júnior e Tiago Costa, aponta que 48,8% da
prostituição no Brasil é motivada pelo uso de entorpecentes, em especial o
crack. Os piores resultados então nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, onde as
mulheres vendem seus corpos por uma ou duas pedras da droga. E sabemos
muito bem que isso não é uma realidade muito distante da nossa.
Acho que enquanto pessoas cristãs, seguidores
de Jesus Cristo, não podemos fechar os nossos olhos para toda essa realidade,
devemos ir as ruas gritar, protestar, e muito mais do que isso, ir ao encontro
dessa pessoas e ajudá-las a sair desse sofrimento e dessa escravidão, mostrando
para elas que existe um sentido na vida. Um grande passo que a Igreja deu e que
devemos levar adiante sem nos esquecer, é a proposta da Campanha da Fraternidade deste ano, que nos
convida a refletir como que o sistema é capaz de tratar a vida humana como mercadoria,
ou seja, como um mero objeto de ganhar dinheiro. Não deixemos por menos, pode sim
dizer não a tudo isso, pois fomos “Feitos para sermos livre, não escravos”.

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