sábado, 18 de janeiro de 2025

A FESTA DA VIDA, A FESTA DO AMOR!

 

II DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C

1ª Leitura Is 62,1-5

Sl 95

2ª Leitura 1 Cor 12,4-11

Evangelho Jo 2, 1-11.



Celebramos o Tempo Comum, vale ressaltar, que esse não é um tempo menos importante do que os outros. Pelo contrário, é um tempo de suma importância. Primeiro, para reconhecermos que Deus não age só em coisas fantásticas ou miraculosas, mas age com maestria nas pequenas coisas de cada dia, fazendo do ordinário, o extraordinário. Segundo, porque nesse tempo acompanharemos Jesus em sua vida pública, em seu ministério, curando e salvando a todos sem exceção. A cor usada nesse tempo, é o VERDE. Verde da Esperança, mas a esperança não é um pensamento positivo, a Esperança é uma Pessoa, é Jesus Cristo, que não nos decepciona jamais. A Liturgia deste segundo domingo do tempo Comum nos apresenta a festa do amor e da alegria celebrada nas Bodas de Caná. Na Igreja Antiga, a Festa da Epifania, a Festa do Batismo do Senhor e a festa das Bodas de Caná era celebrada numa única festa. Por isso, a liturgia de hoje ainda está em sintonia com o Natal. Com nos diz o cardeal Tolentino de Mendonça, nosso Deus é “Um Deus que dança”, nos convida sempre a festejar, a experimentar a alegria verdadeira. Hoje contemplamos o início dos Sinais de Jesus, Ele o realizou em Caná da Galileia e manifestou a sua Glória, e seus discípulos creram nele (cf. Jo 2,11). A Liturgia nos apresenta uma grande festa de casamento, desde a primeira leitura o profeta Isaías nos mostra Jerusalém, Sião, envolvida pelo amor e pelo cuidado de Deus. Num contexto de volta do exílio, depois do edito de Ciro, Jerusalém está sendo reconstruída. Ela também é desposada, chamada pelo novo nome, ela é a alegria de Deus. Deus nunca desanimou do seu povo, mesmo diante das infidelidades. Por isso, a festa de casamento do quarto evangelho nos remete a uma Aliança muito maior. De forma proposital o autor sagrado não diz o nome dos noivos. O noivo é Deus e a noiva que é desposada em casamento é a Igreja. Deus envia o seu único Filho para morrer por nossa salvação e sela com a humanidade a Nova e Eterna Aliança de Amor. O vinho é sinal messiânico, da plenitude dos tempos, a hora é sinal da Eucaristia, é sinal da Entrega, do sacrifício da Cruz, Maria é a nova Eva, é a Mulher, símbolo da Igreja, símbolo da humanidade, com quem Deus realiza a aliança. Como Mulher, Maria torna-se Mãe da Igreja, Mãe de todos os viventes nos apontando seu Filho Jesus. As 6 talhas colocadas para a purificação é símbolo da antiga aliança, incompleta. A água é símbolo da nossa humanidade, que ao ser tocada pelo amor de Deus é santificada, divinizada, se transforma em verdadeira alegria.  Só experimentaremos o Vinho Novo da alegria concedido por Jesus na comunidade, na Igreja, colocando nossos dons a serviço, superando o egoísmo e o autorreferencialismo. Sabendo que é o mesmo e único Espírito que age em tudo e em todos gerando unidade e comunhão. Para isso, é preciso escutar a Mãe que diz: “Fazei o que Ele vos disser”. Ai experimentaremos o encanto novo, a Esperança que nos salva e cantaremos o cântico novo da nova e eterna aliança, comtemplando os prodígios de Deus entre os povos. Caná é o início da Igreja, povo da Aliança, comunidade da fé e da comunhão, peregrinos de Esperança.


Pe Wesley Pires dos Santos

Pároco da Paróquia Cristo Rei

Ouro Preto MG


18 de Janeiro de 2025







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